Tarubá

É na
comunidade de Irurama a 17 quilometro de Santarém no oeste do Pará que ainda se
faz o Tarubá, bebida natural indígena preparada à base de mandioca. O processo
inicia no roçado de mandioca onde a raiz é colhida em um trabalho bem simples e
rápido. Ainda no meio da mata os produtores colhem palhas de curuá uma espécie
de palmeira que será utilizada na preparação do Tarubá, o próximo passo é
descascar e levar a mandioca que em seguida é sevada na maquina de
processamento. A mandioca é transformada em uma massa que colocada dentro do
“tipiti” um espremedor feito de cipó. Ao puxar o tipiti a massa libera um
liquido amarelo que é o tucupi que apesar de não ser utilizado no Tarubá está
muito presente em outros pratos da culinária regional.
A massa fica escorrendo por pelo menos 5 minutos e depois é
peneirada e jogada no grande forno para a Preparação do beiju enquanto isso as
palhas da palmeira são separadas e expostas como proteção para a massa que será
jogada em cima. Existe um segredo que é um polvilho feito com curimí seco (mato
encontrado facilmente na floresta Amazônica)
e os restinhos do beiju que ficam no forno, a mistura é amassada no pilão e é
jogada sobre as palhas. O beiju é molhado em água natural e exposto na palha,
um dos segredos para deixar o Tarubá no ponto é a Utilização desse mato
retirado da Própria floresta Amazônica, o curumí que foi preparado o polvilho e
depois é colocado por cima do beiju que já foi molhado e fica aqui descansando,
é assim que se faz o processo totalmente natural! todo esse processo gerou a
poupa do Tarubá, e quanto mais tempo a massa passar em contato com o curumí
maior será o teor alcoólico por causa da fermentação, para preparar um balde
desses com poupa de Tarubá são necessários 30 quilos de mandioca, um quilo de
poupa é vendido a 3 reais. Agora é a vez do preparo da bebida que é bem
simples.
A poupa pode ser batido no liquidificador somente com água ou
acrescentando leite e açúcar. Toda a família se reúne e aprecia a bebida que
parece uma vitamina natural, saborosa e rica em nutrientes.
Fonte: Márcia Andrade
MUGÍCA DE PIRACUÍ
Ingredientes: para 10 porcões
500 g de piracuí da Amazônia
300 g de farinha de mandioca ou 300 g de batata
2 L de água
2 tomate
2 cebolas grandes
2 pimentão
Pimenta do reino a gosto
5 dentes de alho
corante a gosto
Sal a gosto
Duas xícara de café de azeite (de oliva, soja ou outro)
Uma porção de Coentro
Uma porção de cebolinha
Modo de Fazer:
- Coloque os temperos como: o alho, o azeite,o corante, o sal, a pimenta do reino, o coentro e a cebolinha em uma panela funda.
- Deixe refogar sempre mexendo por 1 minuto.
- Coloque 1 litro da água e deixe levantar fervura, então coloque o piracuí (catado), as cebolas, os tomates, os pimentões cortados em fatias finas e mexa por mais 2 minutos, coloque o resto da água e depois que levantar a fervura novamente deixe ferver por mais 5 minutos
- Após os 5 minutos fervendo coloque e a farinha de mandioca(peneirada ou cuada) para engrossar o caldo e mexa sem parar, caso não tenha a farinha de mandioca pode-se colocar as 300 g de batata cozida separadamente e amassada como purê para também engrossar o caldo.
- Continue mexendo por mais 3 minutos e apague o fogo e estar pronto para se servido
A Mugíca é servida com arroz branco e a dica é: depois de apagar o fogo pode-se colocar azeitonas em conservas para acrescentar um sabor a mais.
Obs: sempre prove antes de colocar o sal, pois o piracuí sempre tem sal na medida e na falta do coentro e a cebolinha coloque as ervas do local.
Esta receita é da Dona Olga Baia e foi dedicada à Senhora Cláudia Nobre monte-alegrense na Suíça
humm. Parece delicioso.
ResponderExcluirGostei da receita muito boa ,esse piracui é de bodo?
ResponderExcluirEu morei em Monte Alegre a muito tempo atrás, lembro de uma rosquinha que vendia aí em época de festa junina, mas não sei do que é feita ,quem soube e pôde me passa a receita eu agradeço!!
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